II Fórum Popular de Educação em Niterói - 2008

Caros Amigos,
Este evento que organizamos hoje foi muito importante para nossa nós, para nossa Escola, para nossa comunidade e a comunidade escolar. Aparentemente foi mais um dia de discussão, mais um certificado para outros, mas para nós, que procuramos e queremos mudanças é a primeira ação de um grupo de pessoas comprometidos com a Educação, com o Futuro e a proposta de uma sociedade menos violenta. É um grupo que acredita que pode transformar, criando um movimento de pressão organizado e com uma única direção. Um grupo que ao sentar para refletir sobre "Teorias e Leis" se informe, leva a informação, esperança e dignidade para outros.No fim deste dia 20/09 saímos profundamente comprometidos com mudanças, mudanças no dia-a-dia, mudanças na sua prática como educador, professor e que possamos ajudar a chegar a quantos seja possivel a importância de mudar e ajudar a mudar positivamente.Na Terceira Carta do seu livro "Cartas aos meu Amigos", o escritor argentino Silo, coloca que é importante "Chegar a toda a sociedade a partir do meio imediato" e que
:
" Sabemos que ao mudar positivamente nossa situação estaremos influindo em nosso meio, e outras pessoas compartilharão este ponto de vista dando lugar a um sistema de relações humanas em crescimento.Teremos que nos perguntar : por que deveríamos ir mais além de onde começamos? Simplesmente por coerência com a proposta de tratar os outros como queremos que nos tratem. Ou por acaso não levaríamos aos demais algo que se tornou fundamental ? Se a influência começa a desenvolver-se é porque as relações e o os componentes de nosso meio se ampliaram.Essa é uma questão que deveríamos levar em conta desde o começo porque, ainda quando nossa ação começa aplicando-se em um ponto reduzido, a projeção dessa influência pode chegar muito longe. Não há nada de estranho em pensar que outras pessoas decidam somar-se na mesma direção. Afinal, os grandes movimentos históricos seguiram o mesmo caminho: começaram pequenos, como é lógico, e se desenvolveram graças ao fato das pessoas os terem considerado intérpretes de suas necessidades e inquietudes.Atuar no meio imediato, mas com o olhar colocado no progresso da sociedade, é coerente com tudo o que foi dito.De outro modo, para que faríamos referência a uma crise global que deve ser enfrentada com resolução , se tudo terminasse em indivíduos isolados para os quais os demais não têm importância?Pela anecessidade das pessoas, que coincidam em dar uma nova direção às suas vidas e aos acontecimentos, surgirão âmbitos de discussão e comunicação direta.Mais adiante, a difusão através de todos os meio permitirá ampliar a superfície de contato.Outro tanto ocorréra com a criação de organismo e instituições compatíveis com esta proposta".
Cremos que esta é a fala que norteia onde queremos chegar.
Um abraço e agradecemos a todos que participaram deste nosso evento.
Os apoios dos comerciantes e fornecedores, da direção Cristina e Jádinea.
Desejamos Paz, Força e Alegria para todos,
A equipe organizadora do II Fórum


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Educar para Não-Violência

Muito está se falando e fazendo com mais sucesso ou menos sucesso, para diminuir a violência nas escolas e comunidades do entorno. Campanhas com belos slogans, organização de atividades com o objetivo de se juntar vizinhos e famílias, mobilizações que geram bastante voluntariado, ativismo e boa vontade de todos. Porém será que ajudam, todas estas atividades, a rever a nossa ação? Nós, pais, quando estamos sem paciência e resolvemos que palmada educa? O professor que esqueceu ou deixou perder no tempo o real motivo porque entrou no magistério? E sua falta de tempo?; Corrigir as provas?; Os problemas pessoais? O funcionário, que só queria “um empreguinho seguro” e também é educador? A comunidade com sua pouca participação, que pouco informada tenta interpretar a comunidade escolar? Enfim, todas estas pessoas precisam criar novos papéis sociais, se conectar com seu mundo interior, com sua prática e se perguntar:
“Estou tratando o outro como gostaria de ser tratado? ”
Seguramente chegaremos a conclusão que não, estamos reproduzindo mecanicamente ações e valores que estão ultrapassados, precisamos de uma reestruturação urgente nos nossos valores, na nossa prática e na construção que estamos fazendo. As famílias precisam rever sua ação permissiva e violenta, os educadores (a comunidade escolar) sua prática que reproduz mecanicamente os valores de um sistema escolar que precisa de uma reestruturação urgente em termos de relação humana e construção do conhecimento.
Queremos, abrir aqui uma discussão sobre ação da comunidade escolar e a comunidade nesta parceria, com o
“Pensar, sentir e agir na mesma direção".
Propomos um metodologia simples, ela é a não-violência, partindo de oficinas práticas, que podem ser feitas em escolas, famílias e comunidade que estejam interessadas em somarem-se a esta mesa temática e buscando novas maneiras de ser e construir uma atitude não-violenta, que não é o pacifismo, nem a aceitação do conformismo e a violencia nas comunidades escolares e na comunidade. É transformar, é se transformar num ser-humano não violento.
O QUE É PARA NÓS SER NÃO-VIOLENTO E A NÃO-VIOLÊNCIA ?

-É uma metodologia a partir da qual busca-se a coerência na prática vida pessoal, social e profissional no dia-a-dia com o princípio de "Tratar os demais como gostaríamos de ser tratados" e “Pensar, sentir e agir na mesma direção”; - Tem como antecendentes históricos nomes da desobediência civil perante a opressão do sistema, tais como: Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Silo, entre outros;
- Tem o ser humano como valor e preocupação central;
- Caminhar em direção à construção de igualdade de oportunidade para todos;
- Reconhecer a diversidade pessoal, cultural e religiosa;
- Desenvolve o verdadeiro conhecimento acima do imposto como verdade absoluta.
- Baseia-se na liberdade de idéias e crenças;
- Rechaça todo tipo de violência (física, econômica, psicológica, moral, racial, religiosa) e todo tipo de discriminação.
PROPOSTA DE TRABALHO: A partir desta mesa, propomos que todos reflitam acerca da sua vida cotidiana, buscando maneiras de reconhecer como se aplicam os princípios da não-violência acima citados, se gostariam de aplicá-los e de que forma se poderia fazê-lo. Realizar um trabalho de reflexão e de observação da própria atuação e implementa-lo em atividades que busquem gerar comunidades escolares e comunidades menos impositivas e não-discriminadoras.
Estas atividades poderão gerar o que chamamos Conselhos pela Não-Violência.
É importante estarmos consciente de que vivemos em uma sociedade violenta e de que nosso objetivo como seres humanos é de não reproduzir este sistema indigno do ser humano em que atuamos, sabemos e que todos somos violentos, e que a construção verdadeira de uma metodologia de não-violência passa pela proposição constante de novas formas de pensar, sentir e agir.




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A escola que temos hoje gera seres humanos violentos?